Wednesday, March 26, 2008

Devido aos fatos decorrentes desse conturbado começo de ano e a maldita TPM, me propus, enquanto me deliciava na relaxante e revigorante arte de lavar louça, a refletir sobre algumas coisas...
Interessante o modo como às coisas se interligavam. Perguntava-me até quando as pessoas a minha volta seriam confiáveis, em que ponto chegaria a sua amizade e que sacrifícios estariam dispostos a fazer pela mesma.

Tentando entender o quanto vale a amizade de uma pessoa, percebi que em alguns casos, infelizmente não é o quanto vale e sim quando vale. Sim quando essa amizade vale? Na maioria dos casos quando algum interesse está em jogo, é triste pensar dessa forma, mas nos dias de hoje, até o ser humano se tornou descartável, as pessoas não se aproximam mais pensando em como a pessoa em questão é, mas sim no que ela tem a oferecer e no que se pode tirar proveito. Quando essa perde o propósito é facilmente descartável e logo dispensável. Pode ser até um ponto de vista extremo, mas o que esperar das pessoas criadas nesse pano de fundo?

Lendo um livro que estimo e considero no mínimo essencial, encontrei alguns trechos que, por mais antigos e direcionados a outra vertente, servem de bom grado:


“Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas...”
O Príncipe, Nicolau Maquiavel.

Agora sim afinal o que é egoísmo?
Egoísmo:

do Lat. ego, eu

s. m.,

Amor próprio excessivo, que leva o indivíduo a olhar unicamente para os seus interesses em detrimento dos alheios;

Conjunto de propensões ou instintos que levam à conservação do indivíduo.

Nosso orgulho nos faz permanecer ao lado de quem o faça inflar, enchendo-nos das coisas que nos massageiam o ego, sejam elogios, status ou meios para se chegar a ele. Estamos constantemente procurando maneiras de nutri-lo e nessa obsessão perdemos a limite e partimos rumo ao desespero, aí então percebemos onde tudo isso termina:

A cada dia que se passa a vida humana vale menos, ainda é chocante ver como alguns jovens se matam por coisas tão supérfulas, como um tênis ou um celular, por exemplo.

Até que ponto a "indústria do bem estar" nos levou? Essa insaciável busca pelo aprazimento causado pelo orgulho nos fez corromper o limite da moral e do bom senso, deturpando todo que pudesse deter tal busca, tendo como conseqüência, e aproveitando pra citar aqui outro trecho ligado a esse assunto, a seguinte inferência:


“Os homens são tão poucos argutos, e se inclinam de tal modo às necessidades imediatas, que quem quiser enganá-los encontrará sempre quem se deixa enganar.”
O Príncipe, Nicolau Maquiavel

Esse desespero leva á alguns indivíduos a contentar-se com as imposições que lhe são feitas, aceitando a tudo de bom grado, sem questionar-se da veracidade ou certeza dos fatos, talvez por medo de perder "conforto" e os privilégios que se pode conquistar negando-se a ver ou duvidar de algo que não lhe seja correto. Carece de pessoas que questionem e duvidem do que lhes parece incorreto, que não se deixam levar pelo conformismo e a banalização da vida, que de fato procurem encontrar na reflexão a razão de sua existência, como disse o grande Descartes: Se duvido, penso; Se penso, logo, existo.

Pensemos mais, questionemos mais, conheçamos mais!

Como diz um amigo meu (plágios a parte):
Sapere Aude!

1 comment:

Anonymous said...

Eles torcem o nariz pros "excêntricos" por terem consciência de que não passam de vermes. Pronto. Puro sentimento de inferioridade. rarararara
Hoje mesmo eu vou ter que ir pra um lugar em que só tem gentalha comum, ai que saco.
E aquela flor de trepadeira imbecil. Mas eu acho que é a última vez q eu vou ver aquilo, oba! (nem tão oba assim)
hauheheaiuheaihei
eu sou idiota